quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Documentário interessante....Gagged In Brazil

"Gagged in Brazil" (ou "Amordaçado no Brasil", em tradução livre para o português) foi produzido para a Current TV (http://current.com/) por Daniel Florêncio, cineasta mineiro radicado em Londres.
O documentário mostra como o governo Aécio Neves utiliza meios de comunicação comerciais do Estado de Minas Gerais para promover a sua imagem. Daniel Florêncio utiliza trechos do filme "Liberdade, essa palavra", sobre o mesmo tema, dirigido por Marcelo Baeta.
Além da repercussão na mídia mineira de uma matéria publicada no jornal francês "Le Monde", não traz muitas informações novas em relação ao "Liberdade, essa palavra", mas por ser narrado em inglês, ajuda a colocar mais lenha na fogueira, principalmente fora do Brasil.

ELENCO:

Daniel Florêncio
Marcelo Baeta
[Fernando Massote
Marco Nascimento
Paulo Sérgio
Ugo Braga
Ulisses Magnus
Aloísio Lopes
Jorge Kajuru
Aécio Neves

INFORMAÇÕES SOBRE O FILME E RELEASE

Gênero: Documentário
Diretor: Daniel Florêncio
Duração: 9 minutos
Ano de Lançamento: 2007
País de Origem: Inglaterra / Brasil
Idioma do Áudio: Inglês / Português
Qualidade de Vídeo: Cam
Vídeo Codec: DivX
Vídeo Bitrate: 427 Kbps
Áudio Codec: Mp3
Áudio Bitrate: 128 Kbps
Resolução: 352 x 288
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 29.970 FPS
Tamanho: 35 Mb
Legendas: Embutidas, em inglês e pt-Br


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Créditos: MAKINGOFF - wfriche

Le Monde Brasil...

Testemunha do horror

Vasily Grossman só foi salvo dos “gulags” porque Stalin morreu. Mas seus textos foram tirados de circulação. Censurado, reduzido à penúria e com poucos amigos, faleceu de câncer em 1964.

Dida Bessana



“Homens e mulheres idosos estão mortos, assim como artesãos e outros profissionais, alfaiates, sapateiros, funileiros, pintores de parede, ferreiros, encadernadores, operários, freteiros, carpinteiros, fabricantes de fogão, palhaços, marceneiros, transportadores de água, moleiros, padeiros e cozinheiros... Estão mortas babuchkas que podiam tricotar meias, fazer bolos saborosos, sopas, strudel com maçãs e nozes... estão mortos homens e mulheres de 80 anos e com catarata em seus olhos nebulosos, com dedos frios e transparentes e cabelos que farfalham silenciosamente como papel branco... Isto foi o assassinato de tradições do dia-a-dia que avós haviam passado a seus netos, isto foi o assassinato de lembranças, de uma canção triste, de poesia popular, de vidas alegres e amargas, isto foi a morte da nação que vivia lado a lado com ucranianos há centenas de anos [...].”
Vasily Grossman

Nascido Iósif Solomónovch Grossman, em 1905, em Berdichev, adotará a variante russa – Vasily Semiónovich – quando do início de sua atividade literária. Filho de um engenheiro químico e de uma professora de francês, vive em Genebra de 1910 a 1912, e depois se muda para Kiev, onde fará os estudos secundários. Em 1918, após a revolução, volta à cidade natal e, finda a guerra civil, em 1923, irá para a Universidade de Moscou estudar química, carreira que abandona tão logo publica seus primeiros romances: Boa sorte e Stepan Kolchugin. Em 1935 é admitido no Sindicato de Escritores Soviéticos. Quando a Wehrmacht invade a URSS, ele, como a maioria dos escritores e grande número de soviéticos, se apresenta ao Exército Vermelho. Sem pertencer ao Partido Comunista e tendo sido dispensado do serviço militar por causa de uma pneumonia, teve de fazer várias pedidos ao Departamento Político Principal do Exército para conseguir ser aceito. Ao deferir seu pedido, David Ortenberg, editor do jornal Estrela Vermelha (Krasnaya Zvezda), argumentou: “Ele conhece a alma das pessoas”.

Guindado ao posto de intendente de segundo nível em julho, no início de agosto é nomeado enviado especial do Estrela Vermelha e segue para a frente de batalha, ao lado de Pavel Troganovsky, um experiente correspondente de guerra, e de Oleg Kworrine, fotógrafo, para se tornar a testemunha mais observadora e honesta das linhas de frente soviéticas entre 1941 e 1945, onde passou mais de mil dias.

Um escritor na guerra – Vasily Grossman com o Exército Vermelho (1941-1945), da Editora Objetiva, em tradução de Bruno Casotti, organizado pelo historiador Antony Beevor e pela jornalista Luba Vinogradova, é uma excelente oportunidade para, mais do que acompanharmos a campanha militar soviética, conhecermos um dos grandes escritores do século 20, até agora inédito em português. Embora os organizadores se estendam em contextualizações, tornando o texto às vezes um pouco arrastado, quando estamos diante dos relatos de Grossman o efeito é arrebatador e nos mostra a excelência que o jornalismo de guerra pode atingir.

Recuo e mais recuo

Com 3 milhões de soldados, em junho de 1941 o exército alemão inicia sua investida em solo russo e conquista uma cidade após a outra. “Sim, um tempo sem piedade – um tempo de ferro chegou”, escreve Grossman. Diante de inimigo tão bem organizado, o recuo permanente das tropas soviéticas é registrado por ele: “Há um mapa escolar da Europa. Decidimos olhá-lo. Ficamos horrorizados com o quanto recuamos”. E parte desse recuo nada mais é do que fruto do despreparo e da falta de confiança dos comandantes nos relatos dos informantes. “Ah, como eu conheço essa calma inabalável que tem origem na ignorância e que pode a qualquer momento se transformar em medo histérico e pânico”, constata o correspondente, para em seguida recordar: “Já vi tudo isso antes – em Gomel, Bezhitsk, Shchors, Mena, Chernizov, Glukhor – as cidades que os alemães conquistaram”. Em Brianski, em 4 de outubro, não se contém: “Êxodo! Êxodo bíblico... Isso não é uma enchente, não é um rio, isso é o lento movimento de um oceano fluindo, fluxo de centenas de metros de extensão. Cabeças de crianças, claras e escuras, despontam de tendas improvisadas que cobrem as carroças, bem como as bíblicas barbas de judeus idosos, os xales das camponesas, os chapéus dos tios ucranianos e as cabeças de cabelos negros das meninas e das mulheres judias. Que silêncio em seus olhos, que ampla tristeza, que sensação de destruição, de uma catástrofe universal”.

A queda de Kiev, onde mais de meio milhão de soviéticos são mortos ou capturados, não escapou às observações de Grossman, que registra as esperas e as confusões do Exércio Vermelho, bem como a simpatia da população ucraniana pelo inimigo, fato que Beevor explica lembrando que em 1932, durante intensa crise e grande período de fome, provocados pela campanha de Stalin contra os gulags e pela coletivização forçada da agricultura, mais de 7 milhões de pessoas morreram. Em sua obra-prima Vida e destino (e não, como afirmam erroneamente os organizadores na p. 9 da Introdução, em seu “último romance Fluindo para sempre”), Grossman extrairá desse período de desespero da população o caso verídico de uma mulher executada sob a acusação de comer seus dois filhos. [1]

Todas as impressões do primeiro ano de guerra serão a matéria-prima de Grossman para seu romance O povo imortal, que, publicado em série em 18 edições consecutivas do Estrela Vermelha, se torna um enorme sucesso entre os soldados, valendo-lhe a indicação unânime da comissão encarregada de selecionar o agraciado do ano para o Prêmio Stalin. Infelizmente, a determinação e a ousadia do autor em relatar o que se passava de verdade na frente de batalha desagradam o ditador, que veta seu nome. A opinião corrente no Partido é de que sua franqueza diante dos desastres militares de 1941 era antipatriótica.

Sem se deixar abater, Grossman insiste em ser transferido para o Fronte Sudoeste, onde, acredita, se desenrolará a próxima batalha. E estava certo! Enquanto os dirigentes soviéticos se mantêm aferrados à idéia de que as tropas hitleristas atacarão Moscou, o 6º Exército alemão avança para Stalingrado, pois o Führer preparava uma grande ofensiva no Sul, a fim de ocupar os campos de petróleo do Cáucaso. A obstinação cega de Hitler e a ofensiva alemã de 42 levarão à Batalha de Stalingrado, e sobre ela Grossman não usará meias palavras: “Stalingrado está incendidada... Está morta... Muitas pessoas estão parcialmente insanas. [...] A cidade morreu depois de tanto sofrimento... Agora hão há mais qualquer lugar para recuar. Cada passo para trás é um grande erro, e provavelmente fatal”. Logo em seguida, em um de seus mais celebrados artigos, “A batalha de Stalingrado”, descreve o que está à sua frente: “À luz dos foguetes vêem-se os prédios destruídos, a terra coberta de trincheiras, os bunkers nos penhascos e nas valas, buracos profundos protegidos do mau tempo por pedaços de lata e tábuas de madeira”. Com “sua” cidade em escombros, Stalin decreta a Ordem nº 227 – “Ninguém recua” – que, seguida à risca, leva à execução, em cinco meses, de 13.500 soldados que tentam desertar.

Mas a retirada em massa prossegue até a tentativa alemã de tomar Moscou. Nesse momento, a grande esperança de contenção do inimigo está depositada na rasputitsa, a estação da lama que precede o inverno. Em 6 de outubro, após pequena geada e neve, Grossman registra: “Acho que ninguém nunca viu uma lama tão terrível. Há chuva, neve, granizo, um líquido, um pântano sem fundo, uma massa negra misturada por milhares e milhares de botas, rodas, tratores. E todos estão felizes de novo. Os alemães precisam ficar atolados em nosso outono infernal. Tanto no céu quanto na terra”.

Stalingrado, 1942

No fim de outubro as batalhas diminuem devido à fadiga dos soldados e à falta de munição. A artilharia soviética se reorganiza de um lado do Volga, enquanto os ataques alemães perdem força. Obcecado por Stalingrado, Hitler não se intimida com a chegada do inverno russo e não percebe que 300 mil homens de seu exército estão prestes a ser isolados. Os soviéticos aguardam. Em dezembro, com a solidificação do Volga, 18 mil caminhões e 17 mil outros veículos cruzam o rio e logo em seguida iniciam a recuperação dos territórios ocupados. Sete exércitos soviéticos tentam esmagar as tropas alemãs, doentes e famintas. Em maio de 1943, em Kursk, Grossman se surpreende mais uma vez com a inação do Exército Vermelho, embora a batalha travada nessa cidade se torne conhecida como o maior confronto de forças blindadas da história mundial. Em julho, as forças soviéticas avançam para Orel e, como Grossman presenciara o recuo, seu editor deseja que ele esteja lá no momento da libertação. “Lembrei-me da Orel que eu vira exatamente 22 meses antes, naquele dia de outono de 1941, quando tanques alemães avançaram sobre a cidade, vindo da auto-estrada de Kronsk. Lembrei-me ainda da minha última noite em Orel, a noite ruim, terrível, o rugido de veículos fugindo, o choro das mulheres que corriam atrás de soldados que recuavam, os rostos tristes das pessoas e as perguntas que elas me faziam, cheias de ansiedade e sofrimento. Lembrei-me da Orel da última manhã, quando parecia que toda a cidade chorava e corria para lá e para cá, tomada por um pânico terrível. A cidade estava ainda na época em sua plena beleza, sem uma única janela quebrada, mas dava a impressão de que estava amaldiçoada, de que fora condenada à morte...”

Em seguida, os soviéticos retomam a Ucrânia: “Cada soldado, cada oficial e cada general do Exército Vermelho que já viu a Ucrânia sangrando e ardendo, que ouviu a verdadeira história sobre o que aconteceu lá durante os dois anos de domínio alemão, compreende no fundo de sua alma que só nos restaram duas palavras. Uma delas é ‘amor’ e a outra, ‘vingança’”.

Na estratégia traçada por Stalin, a Bielo-Rússia é o alvo da investida soviética, pois o sucesso ali proporcionaria uma ótima posição para atacar Berlim. Em 20 de maio é concluído o plano que envolve 1,2 milhão de homens. O desembarque na Normandia ocorre em 6 de junho. Em 22 do mesmo mês, no terceiro aniversário da invasão, começa a contraofensiva. Brodnisk é tomada aos alemães. Grossman afirma: “Às vezes você fica tão abalado com o que viu, o sangue corre apressado em seu coração e você sabe que a terrível visão que seus olhos acabam de ter vai assombrá-lo e repousar pesadamente em sua alma por toda a sua vida”. Na Polônia redige o artigo “O inferno chamado Treblinka”, usado como peça de acusação no Tribunal de Nuremberg, em 1946: “Economia, eficiência e limpeza meticulosa – todas essas são boas qualidade típicas de muitos alemães. Mas Hitler pôs essas qualidades do caráter alemão a serviço de crimes contra a humanidade...”. No mesmo mês, estava com as primeiras unidades soviéticas a entrar na Alemanha. Em abril, participou da batalha de Berlim. Em suas notas, testemunha a mudança dramática de comportamento dos soldados soviéticos. “O herói comum do povo deu lugar ao saqueador e ao estuprador. Coisas horríveis estão acontecendo com as mulheres alemãs... horror nos olhos de mulheres e meninas”, constata Grossman, embora já soubesse que muitos de seus textos não chegam aos leitores tal como tinham sido escritos. Com freqüência, ele se queixava da forma como eram reescritos e censurados pelos editores do jornal do Exército.

Terminada a guerra, alguns de seus artigos para o Estrela Vermelha são reeditados em um pequeno volume, Os anos da guerra, traduzido para vários idiomas. Em setembro de 1946, porém, sua peça Se acreditarmos em pitagórigos é violentamente atacada pelo Pravda. Em março de 1952 seu primeiro romance sobre Stalingrado, Por uma causa justa, só é editado porque ele concorda com inúmeras modificações para o texto se tornar “aceitável”. Salvo dos campos de trabalhos forçados pela morte de Stalin em 1953, passou a se dedicar a sua obra maior, Vida e destino, um tributo a Guerra e paz, concluída em 1959 e comparada por muitos críticos a Doutor Jivago, do Nobel de Literatura Boris Pasternak. No ano seguinte, envia os originais para a revista Znamia que, imediatamente, entrega-os à KGB, cujos agentes vão a sua casa em fevereiro de 1961 confiscar as cópias, o papel carbono e até mesmo a fita da máquina de escrever. Ao dirigir-se a Mikhail Suslov, o ideólogo-chefe do PCUS, solicitando que seu livro fosse publicado, este responde: “...de modo algum se publicará seu romance nem lhe será devolvido seu manuscrito; não é provável que seu livro saia antes de duzentos ou duzentos e cinqüenta anos” [2]. Seus textos são imediatamente tirados de circulação. Reduzido à penúria e com poucos amigos, Grossman morre de câncer em 1964. Felizmente a cópia que deixara de Vida e destino e de Tudo flui com Simón Lepkin é levada, em microfilme, pelo romancista Vladimir Voinovich para a Suíça. Tudo flui é publicado em 1970 e Vida e destino, em 1980.



[1] Grossman, V. Vida y Destino. Barcelona: Galaxia Gutenberg, 2008, p. 24, linhas 17-18.

[2] Todorov, T.; Grossman, V.; Etkind, E. Sobre Vida y destino. Barcelona: Galaxia Gutenberg, 2008, p.67.

Rumo a legalização e democratização das rádios comunitárias...

Projeto do governo Lula elimina prisão por rádio clandestina


Atendendo a uma antiga reivindicação do setor de radiodifusão comunitária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Congresso um projeto de lei que livra da prisão quem opera emissoras clandestinas. Pelo projeto, encaminhado no final de janeiro, operar rádio sem licença deixa de ser crime — e os responsáveis responderão apenas a um processo administrativo.


Pela proposta, o processo administrativo contra a emissora clandestina correrá no Ministério das Comunicações, Já a operação de rádio sem autorização significará uma infração gravíssima, que será punida com multa e apreensão de equipamentos, além de suspensão da análise do pedido de licença.

A prisão continua sendo prevista para casos em que a operação ilegal da emissora ponha em risco serviços de telecomunicações de emergência e de segurança pública. Incluem-se aí os casos de interferência do sinal de rádio pirata na comunicação entre aviões e torres de comando.

Atualmente, a legislação qualifica o funcionamento das rádios comunitárias não autorizadas como crime, punido com pena de detenção de 2 a 4 anos. O governo entende que as punições administrativas, como o fechamento das rádios, aplicação de multas e confisco dos equipamentos, serão suficientes para lidar com o assunto.

Repercussão

O projeto foi recebido, claro, com críticas da bancada conservadora no Congresso. Para o deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC) — que é presidente da Frente Parlamentar da Radiodifusão —, o assunto tem de ser discutido em audiências públicas. “Esse projeto é um estímulo para que a lei não seja cumprida.”

O presidente da comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, deputado Walter Pinheiro (PT-BA), defende a elaboração de uma legislação mais abrangente. O mais correto, na opinião de Pinheiro, seria resolver primeiro o acúmulo de pedidos e o ritmo lento da análise dos processos pelo governo.

Quem tem muito a comemorar são as entidades que administram rádios comunitárias. O argumento delas é que são forçadas a operar ilegalmente por causa da demora no Ministério das Comunicações em analisar os pedidos de concessão. O novo projeto faz justiça a quem serve a interesses populares.

Execução de músicas

A boa notícia se contrapõe a uma derrota sofrida pelas rádios na Justiça. O Sindicato de Emissoras Comunitárias de São Paulo teve negado o pedido para que as suas filiadas não fossem obrigadas a pagar direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O juiz Maurício Campos da Silva Velho, da 16ª Vara Cível de São Paulo, julgou improcedente o pedido do sindicato.

A entidade alegou que a transmissão de músicas por suas rádios não tem motivo econômico e serve a fins culturais. O sindicato queria uma decisão que impedisse o Ecad de enviar os boletos de pagamentos para as rádios comunitárias.

Para o juiz, no entanto, o artigo 68 da Lei 9.610/98 (direitos autorais) é claro ao dispor que é obrigatório o pagamento de direitos autorais nas execuções públicas de músicas, independentemente do lucro. “Sendo incontroversa a execução pública, por suas associadas, de obras variadas cuja propriedade intelectual pertence a terceiros, cabe a elas, por sua vez, efetuar o pagamento dos direitos autorais”, anotou o juiz.