sábado, 16 de fevereiro de 2008

Gente do Choro (1977)




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Os candidatos à Casa Branca e a política internacional : Irã



Escrito por Luiz Eça

O governo do Irã desenvolve um programa secreto para a produção de bombas nucleares, tendo atingido uma etapa fundamental que é o enriquecimento do urânio. Sendo governado por aiatolás "insanos", a posse desse engenho apocalíptico poria em risco não só a paz mundial, como também a sobrevivência da espécie humana. Por isso, o governo americano, aliado a potências européias, exige que Teerã interrompa o enriquecimento de urânio.

Diante da recusa, impôs uma série de sanções econômicas para forçar o Irã a obedecer. Mas ele se nega. Sanções mais pesadas são necessárias, sustadas até agora pelo poder de veto da Rússia e da China. Persistindo o impasse, a guerra seria a solução.

Esta é a posição do governo Bush no affair "Irã nuclear". Ele rejeita a explicação iraniana de que seu programa, no qual o enriquecimento do urânio é vital, tem fins exclusivamente pacíficos. No entanto, a IAEA (a agência internacional de energia atômica da ONU) aceita.

Seu presidente, El Baradei, laureado com o prêmio Nobel da Paz, declara que não há nada provando a existência de um programa nuclear militar, pois todas as informações solicitadas pela ONU, desde fins do ano passado, estavam sendo prestadas pelo governo iraniano, trazendo transparência ao que era secreto. O próprio Serviço de Inteligência dos Estados Unidos somou-se a El Baradei, ao afirmar que, desde 2003, não havia qualquer programa visando produção de armas nucleares no Irã. Portanto, o caminho seria continuar fiscalizando e tratando possíveis pendências via diplomacia. Nada disso abalou Bush. Ou Teerã interrompe o enriquecimento do urânio ou... sai de baixo!

Para convencer a opinião pública do seu país, ele vem promovendo uma propaganda maciça que, segundo o colunista Larry Chin, do New York Times, é "estritamente semelhante à campanha de Hitler contra a Polônia". Muito eficiente, aliás, pois deu certo.

Segundo pesquisa do Rasmussen Reports (10-12-2007), 66% da população americana acredita que o Irã não interrompeu seu programa de armas nucleares.

Seja por estar de olho nos votos dessas pessoas, seja por convicção própria ou influência dos lobbies pró-Israel e do complexo industrial-militar, todos os candidatos à presidência concordam com a posição de Bush. As diferenças são muito pequenas, apenas na agressividade maior exibida por três deles.

Referindo-se á situação no Irã, McCain acha que não tem jeito: "Sinto dizer, mas vai haver outras guerras", falou em comício recente.

Por sua vez, Huckabee aplaude de pé as ações anti-Irã de Bush (ele parece ter as mais vagas idéias a respeito do problema). Sem nenhuma restrição.

Hillary, não. Chegou a criticar a "brandura" de Bush, que teria perdido tempo com negociações diplomáticas em vez de apelar logo para sanções econômicas e ameaças (entrevista ao Washington Post, 20-1-2006). Ela se revelou implacável inimiga do regime de Teerã. Ao explicar como seria a retirada do exército americano do Iraque, informou que deixaria um contingente com capacidade para atacar rápido, tendo, entre outros objetivos, o de "enviar uma mensagem ao Irã de que eles não teriam mãos livres no Iraque, apesar de sua considerável influência e conexões religiosas e pessoais". Mais uma vez foi além de Bush, que nunca admitiu instalar bases na região ameaçando o Irã.

Hillary também votou entusiasticamente a favor da lei que taxa de terrorista a Guarda Revolucionária, uma unidade militar do governo iraniano. Obama foi contra, pois, graças a esta lei, Bush pode agora alegar direito de atacar o Irã, sem aprovação do Senado. O que é extremamente perigoso, dados os precedentes do atual ocupante da Casa Branca.

Os israelenses não gostaram nada da atitude de Obama, pois, como diz o Jerusalem Post (21-1-2008), ele "... considerou os riscos de uma resposta militar dos Estados Unidos ao Irã. E do prolongamento de sua permanência no Iraque como maiores e mais importantes do que o risco de que as sanções internacionais sejam muito fracas para impedir o Irã de se tornar um poder nuclear".

Mas é só nesse ponto que Obama diverge de Hillary. Como a ex-primeira dama, ele sustenta que o regime iraniano é uma ameaça para o mundo. Que seu programa nuclear tem de ser detido: se não pela diplomacia, que seja pela força. O candidato deplora, pois isso alienaria a simpatia do povo árabe. Mas, para ele, o que vem em primeiro lugar seria a segurança de Israel, assombrada pelos avanços nucleares de Teerã. Tudo isso foi declarado em alto e bom som, em Washington, na reunião geral de 2007 da AIPAC (America Israel Public Action Comittee), o mais poderoso lobby judaico dos Estados Unidos.

Como se vê, as posições dos candidatos face ao problema do Irã são similares. Obama, pelo menos, não é tão agressivo quanto os republicanos. E nem mesmo quanto Hillary, chamada de "a senhora da guerra" pelo jornalista Justin Raymondo (do site Anti-War). Chegou a declarar que, eleito presidente, negociaria com o Irã e outros países desafetos dos Estados Unidos. No que foi acremente censurado pela senhora Clinton, como "irresponsável e ingênuo", pois esses "inimigos’ usariam as reuniões para propaganda. De quê, ela não contou...

Embora todos os candidatos sejam unânimes no apoio às linhas mestras da política imperial do governo Bush, pode-se esperar de Obama maior serenidade e prudência. Possivelmente, menos chances de ele lançar mão de foguetes infernais e bombas arrasa-comunidades. O que tornaria muitos milhares de iranianos e mesmo de soldados americanos eternamente gratos por permitir que continuassem vivendo.

Luiz Eça é jornalista.

Guerra contra o Terror de Israel...


No velório do comandante da Resistência, Nassralah promete uma guerra aberta contra o terror de Israel

Lameh Smeili*

No velório de Imad Faiez Maghnieat, assassinado terça-feira, dia 12/02 em Damasco, capital da Síria, o secretário geral do Hizbollah, Hassan Nassrallah, prometeu uma guerra aberta contra “as forças do satanás”, em referência o Estado sionista de Israel.

Nassralllah disse que Israel matou Naghnieat como resposta à derrota que sofreu na guerra de julho de 2006. Ele garantiu que essa guerra continua de forma política e econômica. Salientou que não existe uma decisão de cessar-fogo.

O secretário de Hizbollah dirigiu suas palavras às lideranças israelenses, diante de milhares de simpatizantes, na sala dos mártires, ao sul de Beirute, dizendo: “Se querem uma guerra aberta do mesmo modo, então será uma guerra aberta”, apontando para o corpo de Maghnieat. Nassrallah prosseguiu: “Antes a guerra entre nós era sobre as terras do Líbano, nós resistíamos em nossa terra, e atirávamos em defesa de nossas famílias, mas já que vocês decidiram mudar a tática, então será uma guerra do modo que vocês escolheram”.

Nassrallah afirmou que a cada liderança da resistência assassinada, a resposta será como um terremoto que vai ajudar a abalar suas raízes assassinas. “Desta vez o nosso terremoto será muito mais potente e doloroso”. “Nossos combatentes estão preparados e já estão em fase de iniciar a resposta. Imad Maghnieat já tinha terminado toda a preparação, faltava apenas alguns detalhes”.
Nassrallah se dirigiu aos israelenses novamente e afirmou: “Nesta próxima guerra vocês verão dezenas de milhares de combatentes pela liberdade, filhos e alunos de Imad Maghnieat”.

Em relação aos libaneses, Nassrallah garantiu “a unidade da resistência em defesa de um Líbano sem divisões”. Disse que se tem alguém contra a resistência no Líbano “então que vá para os braços de Israel e Estados Unidos, porque o nosso País continuará da resistência à opressão”.


O comandante Imad foi “arquiteto” da resistência contra Israel em julho de 2006. Pela primeira vez na história, os guerrilheiros impedem a penetração de tropas sionistas em solo libanês e atingem alvos em praticamente toda a palestina ocupada. A guerra durou 33 dias. E apesar de Israel ter um dos mais bem armados exércitos do mundo, os resistentes foram considerados vencedores.
*Lameh Smeili é jornalista

Missing - Desaparecido


Num restaurante em Santiago do Chile, um jovem jornalista norte-americano, residente nesse país, acaba escutando uma conversa na mesa ao lado, entre um agente da CIA e militares chilenos, que deixa clara a participação do governo norte-americano no golpe militar que depôs o governo socialista de Salvador Allende e inaugurou a ditadura do general Augusto Pinochet.
A obra de Costa Gavras focaliza inicialmente o cotidiano do jornalista no Chile, até seu desaparecimento, dias após o golpe de Estado do general Pinochet. O filme prossegue até o final com a busca desesperada do pai e da mulher do jornalista, na tentativa de encontrá-lo.
O Chile pós-golpe de Estado, os primeiros dias da repressão e todo horror da ditadura chilena, considerada uma das mais violentas da América Latina, são fielmente retratados pelo filme, que venceu a Palma de Ouro e o prêmio de melhor ator no festival de Cannes, além do Oscar de melhor roteiro adaptado.

Créditos:MakingOff - Santoro
Gênero:
Drama Político
Diretor: Costa-Gavras
Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento: 1982
País de Origem: EUA
Idioma do Áudio: Francês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0084335/
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: XvID
Vídeo Bitrate: 125 Kbps
Áudio Codec: MPEG L3
Áudio Bitrate: 128
Resolução: 640 x 352
Formato de Tela: Widescreen (16x9)
Frame Rate:

Tamanho: 861 Mb
Legendas: No torrent

Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, melhor ator, melhor atriz, fotografia.

BAFTA - Melhor filme e melhor roteiro.

Cannes - Palma de ouro melhor filme. Melhor ator.

Vários outros.
- Foi filmado no México sob forte esquema de segurança.
O conteúdo era considerado deveras controverso pelos produtores.

- O Diretor e o elenco lamentaram de nunca ter havido justiça com relação aos
fatos narrados.

- Um teste de DNA provou, anos mais tarde, que o corpo enviado aos EUA (como é
mostrado no filme), não era do filho de Charles Horman.

CONTEXTO HISTÓRICO

Após a Revolução Cubana em 1959, a guerra fria se radicalizou na América Latina, onde qualquer proposta política mais popular, democrática ou nacionalista, era tida como esquerdista e anti-capitalista, ou seja, anti-EUA.
Entre 1964 e 1970, o Chile conheceu alguns avanços sociais com o governo democrata-cristão de Eduardo Frei.
Em 1970 através de eleições, Salvador Allende, candidato da União Popular (frente progressista liderada por comunistas e socialistas), assumiu a presidência do país. Já nos primeiros meses, Allende nacionalizou as minas e os bancos e acelerou o processo de reforma agrária, iniciado no governo de Eduardo Frei. Essas medidas contrastavam-se cada vez mais com o contexto de radicalização da Guerra Fria, e Salvador Allende, começava a sofrer uma forte oposição por parte das oligarquias internas, temerosas com os avanços populares. Soma-se a essa oposição, o boicote norte-americano, que agravou a crise econômica do país, isolando ainda mais o governo socialista de Allende, que perdia o apoio dos democratas-cristãos e de representativos setores da classe média.

Nesse cenário, em 11 de setembro de 1973, Salvador Allende foi deposto e assassinado por um golpe militar. Iniciava-se no Chile uma das mais sangrentas ditaduras militares da América Latina, comandada pelo general Augusto Pinochet, proclamado no ano seguinte "Chefe Supremo da Nação".
Imediatamente após o golpe, o general inicia uma repressão cruel contra as oposições, proibindo qualquer atividade política e oprimindo os setores de esquerda com prisões, torturas e execuções em massa, espalhando o terror por todo país.

Já no final dos anos 80 pressões internacionais contribuíram para algumas liberdades, como o retorno ao país de vários exilados políticos. No plebiscito de 1988, o "não" à manutenção de Pinochet na presidência venceu com 54% dos votos. O general deixou o comando do país em 11 de março de 1990, após a vitória do democrata-cristão Patrício Aylwin nas eleições presidenciais. Contudo, Pinochet permaneceu à frente das Forças Armadas chilenas, provocando uma série de conflitos com o poder executivo. Em março de 1991, o relatório da Comissão de Verdade e Reconciliação, revelou perto de 2.300 assassinatos políticos cometidos pelo governo de Pinochet entre 1973 e 1990.
Coopere, deixe semeando ao menos duas vezes o tamanho do arquivo que baixar.


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